O CEO do Rumble, Chris Pavlovski, provocou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) nas redes sociais após o governo americano anunciar medidas contra autoridades estrangeiras acusadas de censurar cidadãos norte-americanos. A plataforma está bloqueada no Brasil desde fevereiro de 2025 por determinação judicial.
A mensagem provocativa foi publicada por Pavlovski em seu perfil no X (antigo Twitter) nesta quarta-feira (29), questionando diretamente o ministro do Supremo Tribunal Federal sobre um possível retorno da plataforma ao mercado brasileiro.
A manifestação do executivo ocorreu logo após o secretário de Estado americano, Marco Rubio, divulgar novas políticas de restrição de vistos. As medidas visam punir autoridades estrangeiras consideradas pelo governo dos Estados Unidos como “cúmplices de censura a norte-americanos”.
O histórico de conflitos entre o Rumble e a Justiça brasileira é extenso. A plataforma já havia deixado o país em 2023 por discordar das exigências judiciais. Em fevereiro de 2025, após uma breve tentativa de retorno, a rede social foi novamente bloqueada por ordem de Moraes, permanecendo inacessível aos usuários brasileiros há quatro meses.
O embate mais recente começou quando o ministro determinou que o Rumble suspendesse perfis específicos, incluindo o do Terça Livre e do jornalista Allan dos Santos. Em resposta, a empresa, junto com a TMTG, moveu ações na Justiça americana contra as determinações do magistrado brasileiro.
Após intimação para indicar representante legal no Brasil e o não cumprimento da ordem, Moraes determinou o bloqueio total da plataforma no país. A Anatel executou a determinação, confirmando que o serviço está indisponível em praticamente todo o território nacional.
A tensão entre as partes reflete um debate mais amplo sobre jurisdição digital e liberdade de expressão, especialmente no contexto das relações entre Brasil e Estados Unidos. O caso evidencia o crescente conflito entre empresas de tecnologia estrangeiras e as autoridades reguladoras brasileiras.