Em uma decisão que ecoa a era Trump, o presidente argentino Javier Milei anunciou nesta quarta-feira (5) a saída do país da Organização Mundial da Saúde (OMS), acusando a entidade de crimes contra a humanidade e interferência na soberania nacional durante a pandemia de Covid-19.
Manuel Adorni, porta-voz da Casa Rosada, declarou que a Argentina não permitirá intervenções externas em suas políticas sanitárias. A decisão coloca o país sul-americano em rota similar à adotada pelos Estados Unidos durante o governo Trump, que também retirou seu país da organização.
O governo argentino justifica a medida alegando que a OMS falhou em sua missão durante a pandemia ao impor “quarentenas eternas sem respaldo científico”. Segundo o comunicado oficial, o isolamento provocou uma das maiores catástrofes econômicas da história mundial.
A saída da Argentina gera controvérsias sobre o impacto financeiro da decisão. Enquanto o governo afirma que o país não recebe recursos da organização, veículos de imprensa locais apontam que a nação deixará de receber cerca de 10 milhões de dólares anuais em investimentos.
O movimento de Milei representa uma ruptura significativa nas relações internacionais de saúde. A Casa Rosada criticou duramente a OMS por “assumir competências que não lhe dizem respeito” e argumentou que as decisões da entidade são baseadas em influência política rather que em evidências científicas.
A decisão já havia sido sinalizada em junho de 2024, quando a Argentina se recusou a aderir ao novo protocolo sobre pandemias estabelecido pela organização. O governo Milei defende que esta medida garantirá maior autonomia nas decisões sanitárias do país e preservará a soberania nacional em questões de saúde pública.