Por Edmundo Polk Fraga (*)
O Brasil, reconhecido por sua organização secular como nação soberana, enfrenta hoje um risco significativo de desestruturação em diversos âmbitos. Ao longo das últimas décadas, tem-se observado um processo de enfraquecimento de sua autoridade, identidade e compromisso com seu próprio povo. Este fenômeno, alimentado pela subordinação a interesses externos, tem colocado o país em uma situação de precarização moral, financeira e política. Nesse contexto, a população brasileira parece cada vez mais vulnerável a condições adversas, enquanto elementos externos influenciam diretamente as estruturas nacionais.
Entre as organizações que despertam preocupação, destaca-se o Foro de São Paulo (FSP). Fundado em 1990 por Luiz Inácio Lula da Silva e Fidel Castro, o FSP é um agrupamento de partidos políticos da América Latina, que inclui também grupos associados a práticas ilícitas, como terrorismo, narcotráfico e sequestro. Entre esses grupos, figuram as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o Movimiento de Izquierda Revolucionaria (MIR) do Chile, ambos ligados a ideologias marxista-leninistas e a métodos de guerrilha paramilitar.
Críticos apontam que o principal objetivo do FSP seria a construção de um bloco socialista continental, em oposição à influência dos Estados Unidos na região. Para isso, promove-se uma integração entre os países da América Latina com discursos que prometem liberdade, justiça e soberania. No entanto, há questionamentos sérios sobre as reais intenções dessas iniciativas, sobretudo quanto à transparência e aos benefícios efetivos para as populações locais.
Um ponto alarmante é a forma como o FSP permaneceu, durante quase duas décadas, longe do escrutínio público. Nesse período, a mídia tradicional manteve-se amplamente silenciosa, ignorando ou omitindo informações sobre suas atividades. Somente em 1999, por meio do trabalho do filósofo Olavo de Carvalho, o Foro de São Paulo passou a ser debatido de maneira mais ampla.
As acusações contra o FSP incluem alianças com grupos criminosos e decisões políticas que comprometeriam a soberania nacional de países latino-americanos, incluindo o Brasil. Há relatos de parcerias com as FARC e de relações com figuras como Fernandinho Beira-Mar, um dos maiores narcotraficantes do Brasil, que teria fornecido toneladas de cocaína ao mercado nacional. Esses relatos reforçam preocupações sobre o impacto dessas atividades para a segurança e o bem-estar dos cidadãos brasileiros.
Diante desse cenário, a pergunta que surge é: como o Brasil pode recuperar sua soberania e reafirmar seus valores nacionais? Com as eleições presidenciais de 2026 se aproximando, é essencial que o debate público seja pautado pela transparência e pelo compromisso com os interesses do povo. É necessário promover discussões abertas que permitam à população compreender plenamente as questões em jogo e garantir que as decisões tomadas respeitem a dignidade e os direitos do povo brasileiro.
O fortalecimento das instituições democráticas e a vigilância cívica são passos fundamentais para enfrentar ameaças à soberania nacional. Somente através de um compromisso coletivo com a transparência e a responsabilidade é que o Brasil poderá traçar um caminho rumo a um futuro mais justo e soberano.