A Campanha da Fraternidade 2021 tem recebido críticas por apresentar viés ideológico partidário em seu texto, e o bispo da diocese de Formosa, em Goiás, Dom Adair José, decidiu se posicionar. O líder religioso orientou os fiéis a não darem atenção a pautas “que nada tem a ver” com a fé cristã.
“Não fiquemos escutando coisas que não tem nada a ver com a nossa fé. Toda essa confusão com campanha da fraternidade… esquece isso! Isso não tem a menor importância para nós. Ele basta. É Cristo. Aqueles que querem velejar contra a doutrina da Igreja não terão as suas empreitadas bem-sucedidas. Quem está fora do rumo, quem não segue a Sagrada Escritura, a tradição e o magistério ordinário da Igreja bate com a cabeça no muro”, afirmou o bispo durante a homilia.
Promovida tradicionalmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a cada quatro anos, a Campanha da Fraternidade traz como tema de 2021 “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”, e como lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef. 2.14). O objetivo era promover o diálogo entre partes discordantes da polarização política.
Segundo o site Pleno.News, o texto-base, contudo, trouxe temas escritos segundos as convicções políticas exclusivas da esquerda, utilizando termos como “discurso de ódio”, “fundamentalismo religioso”, “estrutura do patriarcado” e um trecho dedicado ao “movimento LGBTQI+”.
Para Dom Adair José, a teologia da libertação, que combina diferentes correntes de pensamento das ciências humanas e sociais aos evangelhos de Cristo, não tem dado frutos e impede as pessoas de se apegarem à “espiritualidade viva”.
“A teologia da libertação não tem dado frutos, e muita gente teima nisso e perde tempo pq não descobre a beleza do sagrado, de uma espiritualidade viva, e fica apegada às coisas passageiras desse mundo, sem olhar para o alto. Olhemos para Deus”, finalizou o clérigo.