Por William Saliba
Esta primeira quarta-feira de dezembro (4) parece não ter sido boa para Lula. A avaliação negativa do mercado financeiro sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 90% em dezembro, conforme dados da pesquisa divulgada pela Genial/Quaest.. Este índice é o mesmo registrado na pesquisa inicial de março de 2023, quando o terceiro mandato do presidente começou.
A pesquisa revelou que apenas 3% dos agentes econômicos consideram positiva a gestão de Lula, enquanto 7% a classificam como regular. O restante, 90%, tem uma visão negativa sobre a administração atual.
Segundo a pesquisa, a insatisfação generalizada pode impactar diretamente as articulações políticas do governo e suas iniciativas futuras. E estão mesmo.
E o que faz o governo diante desse tsunami de reprovações? Tenta empurrar um pacote de contenção de gastos no Congresso Nacional.
O dia começou ruim e termina pior para o ocupante do Palácio do Planalto, com a notícia de que o presidente da Câmara, Arthur Lira, deu seu pitaco com a diplomacia de sempre: “Não há votos para aprovar o pacote”. Traduzindo do polítiquês para o português, isso significa algo como: “Seu projeto está por um fio, meu caro”. Ainda assim, Lira garantiu que o Congresso manterá o diálogo, o que soa como aquele tipo de promessa de ano novo que fazemos sabendo que nunca vamos cumprir.
Entre os pontos críticos do pacote estão medidas provisórias e projetos de lei que visam aumentar a arrecadação federal. A aprovação dessas propostas é considerada essencial pelo Ministério da Fazenda para alcançar o objetivo de déficit zero em 2024.
As declarações de Lira indicam que serão necessárias mais rodadas de negociação entre líderes partidários e representantes do governo. O ambiente político atual exige consensos e acordos para garantir a governabilidade e a implementação da agenda econômica.
Parlamentares da base governista e da oposição continuam divididos sobre pontos específicos do pacote. As principais divergências envolvem o alcance das medidas e seus impactos nos diferentes setores da economia brasileira.
Com tantos resultados negativos parece estar naufragando o projeto de poder (ou de vingança) do mandatário descondenado do Executivo brasileiro.
Alguns analistas acreditam que este governo cai antes do fim de 2026, principalmente quando os ventos da geopolítica do Norte atingirem o “Sul Global das Américas” – termo criado pelo sistema progressista para substituir de forma mais neutra, expressões como “subdesenvolvidos” e “Terceiro Mundo”.
A falta de apoio popular e, agora, também político, sinalizam uma tênue luz no fim do túnel.