Por William Saliba (*)
No tradicional Japão, a Toyota foi a primeira a anunciar. Agora, em uma guinada significativa no cenário corporativo, gigantes americanas como Amazon e Meta anunciaram a redução de suas iniciativas de diversidade e inclusão, seguindo uma tendência que se fortalece no mercado internacional.
A Amazon confirmou que irá descontinuar programas considerados desatualizados até o final de 2024, enquanto mantém o compromisso com “experiências inclusivas”.
A decisão surge após a Meta, controladora do Facebook e Instagram, comunicar internamente o abandono de esforços relacionados à diversidade, equidade e inclusão (DEI). Outras grandes corporações como Walmart e McDonald’s também seguiram caminho semelhante desde a reeleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.
Candi Castleberry, vice-presidente da Amazon, explicou em comunicado interno que a empresa passará por uma evolução em sua abordagem, priorizando programas com “resultados comprovados”. A mudança inclui a unificação dos grupos de afinidade sob uma única estrutura organizacional.
O movimento de recuo das políticas progressistas se intensificou nos últimos dois anos, impulsionado por críticas direcionadas a empresas como BlackRock e Disney. Grandes marcas enfrentaram boicotes significativos ao promoverem ações voltadas ao público LGBT, como nos casos da Bud Light e Target, que viram impactos negativos em seus negócios.
O cenário jurídico também influenciou essa mudança corporativa. Em 2023, a Suprema Corte dos Estados Unidos vetou o uso de critérios raciais em admissões universitárias, enquanto outra decisão judicial invalidou uma política da Nasdaq que exigia diversidade nos conselhos de administração das empresas listadas.
A Meta, além de encerrar programas específicos, anunciou que focará em pequenas e médias empresas, substituindo seus fornecedores “diversificados”. A empresa também planeja implementar treinamentos mais abrangentes para combater preconceitos, abandonando o formato anterior focado em equidade e inclusão.
JPMorgan Chase e BlackRock também se afastaram de iniciativas progressistas, especialmente em relação a compromissos ambientais, indicando uma transformação mais ampla nas estratégias corporativas americanas.
As empresas buscam agora um equilíbrio entre responsabilidade social e resultados financeiros, respondendo às pressões do mercado e às mudanças no ambiente político e social dos Estados Unidos.
A certificação ISO (International Organization for Standardization) exige que as empresas implementem uma série de programas e sistemas de gestão, dependendo do tipo de norma que desejam obter. Normas ISSO, como a 26000 (Responsabilidade Social), 45001 (Saúde e Segurança Ocupacional) e ISO 30415 (Gestão da Diversidade e Inclusão) exigem programas de diversidade, equidade e inclusão.
No entanto, com a derrota da cultura Woke, as políticas progressistas que os globalistas tentaram implantar no mundo retornam ao conservadorismo, com a grande rejeição do mercado.
Não satisfeitas, JPMorgan Chase e BlackRock, outrora grandes defensoras das agendas progressistas, também resolveram que é hora de olhar para outro lado. Mesmo os compromissos ambientais, que ganharam tanto espaço nos últimos anos, estão sendo revistos. Afinal, responsabilidade social é ótima… até começar a afetar o bolso. Para quem ainda desconhece, Black Rock desde 2009 é o fundo que ocupa a liderança na gestão de ativos das principais empresas do mundo.
Empresas âncoras e instituições do Vale do Aço não devem demorar a aderir à nova tendência.
A “ficha não demora a cair”, como se diz popularmente.