O Fórum Econômico Mundial anunciou nesta segunda-feira (21) a renúncia imediata de Klaus Schwab, 87 anos, do cargo de presidente do conselho de administração da instituição que ele próprio fundou em 1971. A decisão marca o fim de uma era para o encontro anual em Davos, na Suíça, que se tornou símbolo da política globalista mundial.
Em comunicado divulgado pela organização, Schwab justificou sua saída citando sua idade avançada. “Após meu recente anúncio e, ao entrar em meu 88º ano de vida, decidi deixar o cargo de presidente e de membro do Conselho de Administração”, declarou o executivo alemão.
O vice-presidente Peter Brabeck-Letmathe assumirá interinamente a presidência do conselho enquanto a busca por um novo líder é iniciada. A notícia surge em um momento delicado para a instituição, que enfrenta críticas crescentes tanto da direita quanto da esquerda por seu caráter elitista.
Sob a liderança de Schwab, o Fórum de Davos transformou-se em um evento global que reúne anualmente líderes políticos, empresariais e celebridades para discutir os principais desafios mundiais. No entanto, nos últimos anos, o encontro tem sido criticado por estar desconectado da realidade das pessoas comuns e ser um dos grandes incentivadores da cultura woke no mundo.
A saída de Schwab ocorre em um contexto de mudanças geopolíticas significativas, com o aumento das tensões internacionais após a invasão russa da Ucrânia e a adoção de políticas diplomáticas comerciais adotadas por Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, fatores que têm afetado a influência do Fórum na ordem mundial e o fortalecimento do conservadorismo de direita.
A instituição também enfrenta desafios internos. No ano passado, o Wall Street Journal reportou que a diretoria investigava denúncias de assédio e discriminação no ambiente de trabalho, alegações que foram negadas pelo Fórum Econômico Mundial.