Por William Saliba (*)
Os brasileiros assistem, entre perplexos e resignados, à destruição sistemática do país promovida pelo atual “desgoverno federal”. A população, impotente, amarga as consequências de uma administração perdulária, corrupta e inepta. A inflação devora o prato do trabalhador, a saúde pública definha à míngua, a violência urbana atinge níveis alarmantes, e o mercado de trabalho encolhe sob o peso de uma voraz carga tributária – verdadeira “luxúria política”, ou melhor, a cobiça desenfreada pelo alheio travestida de governança.
O momento atual nos remete a uma curiosa analogia histórica: Lula e o imperador Nero, ambos protagonistas de uma ópera de destruição. Em julho de 64 d.C., Roma ardeu em chamas, e a lenda nos conta que Nero, do alto da torre de Mecenas, contemplou o incêndio enquanto entoava um poema sobre a queda de Troia. Lula, encastelado no Planalto, governa como se assistisse a um espetáculo privado, fascinado pelos encantos de sua musa oficial e inebriado por uma ambição insaciável de poder e riqueza.
Nero, ao ver Roma em cinzas, culpou os cristãos e desencadeou uma onda de perseguições. O “neo-imperador” brasileiro, auxiliado pelo seu contraditório “Tribunato da Plebe”, persegue incansavelmente aqueles que ousam discordar do regime, seja nas ruas ou nas redes sociais. O império da tolerância se revela implacável com seus opositores.
Mas, como todo grande personagem trágico, Lula é vítima de seu próprio roteiro. Quando abre a boca, movido a álcool (não a gasolina), adiciona combustível à sua própria destruição.
O perigo real? Uma faísca pode iniciar a combustão.
E, ao contrário da lira de Nero, desta vez, a trilha sonora pode ser o estalo das labaredas consumindo o que resta da paciência do povo brasileiro.