Por William Saliba
As redes sociais estão em polvorosa com a investigação publicada nesta quinta-feira (26) pelo Estadão. A matéria revela que a primeira-dama, também conhecida como a cuidadora oficial do “Nine”, a senhora Rosângela da Silva, ou simplesmente Janja, conta com uma equipe informal de pelo menos 12 pessoas.
Embora Janja não possua um cargo no atual governo federal, a estrutura em torno dela inclui assessores de imprensa, fotógrafos, especialistas em redes sociais e até um militar como ajudante de ordens.
E a influência dentro da estrutura de governo vai mais longe. Janja interfere diretamente na Secretaria de Comunicação e na Secretaria de Estratégias e Redes, atuando com autonomia e promovendo ações por conta própria. É quase como se ela fosse a CEO de uma startup chamada “Brasil S.A.”.
O time de Janja, cuja manutenção custa aproximadamente R$ 160 mil mensais em salários, atua de maneira não oficial, mas com funções claramente definidas. A Secretaria de Comunicação da Presidência, ao ser questionada, não contestou as informações sobre a equipe, apenas destacou que os servidores exercem papéis conforme a legislação vigente.
A estrutura informal reflete o desejo de Janja em influenciar áreas caras a ela, como feminismo e cultura, mesmo sem um gabinete oficial, uma situação que ela atribui ao machismo predominante no Brasil.
Além da equipe, ela viaja frequentemente com um aparato de segurança e diplomatas, o que intensifica o debate sobre a necessidade e o custo dessa estrutura. Janja e seus assessores já consumiram cerca de R$ 1,2 milhão em viagens durante o atual mandato do seu marido.
A reportagem também destaca que até em nomeações de ministérios a Janja esteve envolvida. Figuras como Margareth Menezes para o Ministério da Cultura e Anielle Franco para o Ministério da Igualdade Racial tiveram intervenção direta da querida esposa do “Janjo”.
Mesmo sem mandato, Janja parece ser a “presidenta” de fato.
Como se diz popularmente: na vida do casal, a última palavra é sempre a dele:
– Sim senhora!