Em uma das maiores operações militares desde o início do conflito, o Hezbollah lançou 340 foguetes e mísseis contra Israel neste domingo (24/11), em resposta aos bombardeios israelenses em Beirute que deixaram 29 mortos e 65 feridos no dia anterior. A escalada sem precedentes atingiu alvos desde o norte até o centro do território israelense.
O grupo xiita libanês assumiu a responsabilidade por 32 operações militares, incluindo três salvas de mísseis de precisão direcionados aos arredores de Tel Aviv. Os ataques se estenderam por uma faixa de 150 quilômetros, atingindo cidades costeiras importantes como Nahariyya e Ashdod, além da região da Galileia.
Intensos combates terrestres continuam nas proximidades da fronteira, especialmente nas cidades de Khyam e Biyada. Um soldado do Exército libanês morreu e outros 18 ficaram feridos quando uma posição militar próxima à cidade de Tiro foi atingida. Em resposta, Israel retomou ataques aos subúrbios do sul de Beirute.
As forças israelenses buscam controlar pontos estratégicos para isolar áreas onde supostamente o Hezbollah mantém plataformas de lançamento. A cidade de Khyam, com vista privilegiada para a região do Dedo da Galileia, tornou-se um dos principais alvos da operação israelense, embora o Hezbollah continue resistindo nas áreas disputadas.
Em meio à escalada do conflito, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, visitou Beirute e apelou por um cessar-fogo imediato. A UE ofereceu 200 milhões de euros para fortalecer o Exército libanês e propôs a implementação da Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que determina a retirada tanto do Hezbollah quanto das forças israelenses da região fronteiriça.
Uma proposta americana de trégua de 60 dias está em discussão, mas até o momento não houve acordo entre as partes. Enquanto as negociações diplomáticas prosseguem, a intensidade dos ataques continua aumentando, elevando as preocupações sobre uma possível expansão do conflito regional.