O governo de Joe Biden deportou 7.268 brasileiros entre 2021 e 2025, superando os números do primeiro mandato de Donald Trump, que expulsou 6.771 pessoas durante sua gestão inicial. O último voo de deportação, que trouxe 88 brasileiros incluindo crianças e idosos, gerou tensão diplomática devido ao tratamento dispensado aos passageiros.
A situação se agravou quando um avião com deportados pousou em Manaus com os passageiros algemados, contrariando acordo bilateral entre os países. O ministro da Justiça Ricardo Lewandowski, seguindo orientação do presidente Lula, determinou a imediata retirada das algemas e o acolhimento adequado dos brasileiros.
O Itamaraty manifestou indignação com o “tratamento degradante” e informou que exigirá explicações do governo americano. Segundo a pasta, além do uso indevido de algemas, a aeronave apresentava condições precárias, incluindo problemas no ar condicionado.
Desde o início do atual governo Lula, em janeiro de 2023, foram deportados 3.654 brasileiros. O processo de deportação segue um acordo firmado em 2017 entre os dois países, que estabelece diretrizes para o tratamento humanizado dos deportados.
A questão migratória deve se intensificar com o retorno de Donald Trump à presidência americana. O republicano já anunciou uma megaoperação para identificar e deportar imigrantes sem documentação, alegando necessidade de “proteger os EUA de invasões”.
O Brasil mantém canais diplomáticos ativos para garantir que futuros procedimentos de deportação respeitem os direitos e a dignidade dos cidadãos brasileiros, independentemente de sua situação migratória nos Estados Unidos.